Porque ainda há tanta discriminação?

Olá caros leitores! Hoje vamos conversar um pouquinho sobre história. Na verdade uma história triste que deveria ser esquecida ou na verdade para sempre relembrada. É difícil dizer. É triste conhecer. Mas, infelizmente está em nossas raízes brasileiras: a escravidão, o racismo e a discriminação.
Começaremos dizendo algo que é do conhecimento de todos ou pelo menos era para ser: que com a chegada dos Portugueses ao Brasil, foram introduzidas novas culturas em meio às “nossas” terras.
Do ouro ao ferro, do pau-brasil à cana de açúcar chegava o negro africano sob tráfico de escravos, vendidos em leilão, rumo ao navio negreiro que se deslocaria até o porto do Rio de Janeiro.
Salvador e Recife também os receberam, depois de dias de amargura, comida escassa, sofrimento e muitas mortes, deixando para trás um pedaço de sua história sem qualquer sentimento. Começava ali uma jornada de trabalho escravo, produzindo alienação nos engenhos da colônia.
Sua cultura foi proibida, manchada e esquecida, juntamente com seus costumes, tal ato custaria sua própria vida.
Na senzala surgia a feijoada e a capoeira. Feijoada esta que apresenta o feijão preto, o porco e a linguiça, o legume e a farinha, era a receita que saciava e sustentava a fome do sujeito escravizado.
Capoeira era ato de resistência à violência, disfarçando a luta na produção da música, tentando manter suas tradições diante de todas as restrições.
Quatrocentos anos de escravidão e ainda hoje, muitos como os colonos do século XV são influenciados pela discriminação.
Tanto luta por causa de uma tal história de “colonização”.
Tanta luta por mais inclusão e menos repressão.
Mais representatividade, mais igualdade social.
Porque ainda existe o preconceito racial na sociedade brasileira?
Vidas não pode ser definidas por um conjunto de proteínas, a melanina.
“O racismo é a prova do quanto ainda somos primitivos” (Cesar Jihad, Vulto Madhiba), do quanto a ignorância habita em nossa nação.
País constituído por miscigenação, no qual culturas afrodescendentes enriquecem nosso país, seja com suas danças, crenças, comidas ou religião.
“Todo brasileiro, mesmo o alvo, de cabelo louro, traz na alma, quando não na alma e no corpo, a sombra, ou pelo menos a pinta, do indígena ou do negro”.
Essa frase foi expressa por Gilberto Freyre, em 1992 em seu livro Casa-Grande e senzala e nela podemos perceber o quanto tudo isso faz parte de nossa história, se refletindo até os dias de hoje.
Conjunto de valores, seja a vestimenta ou até o sotaque, deixa de ser irreverente, aceito o teu “mermão” e tu respeita o meu “oxente”.
Chega de discriminação, seja ela racial, social ou cultural, é hora de deixar o respeito brilhar, pois o preconceito precisa se apagar.
 

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